segunda-feira, 28 de abril de 2014

Respirar e acalmar


Respirar fundo, uma gota de lavanda e acalmar!

Ao mundo viemos, em essência, para partilhar.
Doar ao mundo o aroma e a beleza das rosas que no jardim do nosso coração plantamos.
Oferecer aos irmãos de caminhada as pedras preciosas das virtudes que da nossa alma garimpamos.


Purificar e renovar a nossa interioridade nas águas puras do mar da transcendência.
Ninguém veio ao mundo a passeio; estamos aqui para desenvolver nossas potencialidades espirituais.
Encontrar nas frestas deste mundo tantas vezes duro e opaco sinais e vislumbres do Sublime.


Com que frequência temos mergulhado no Mar que purifica, que refresca, que humaniza, fortalece, enobrece?
Nesta travessia pelo labirinto dos dias e das noites, como podemos fortalecer de modo apropriado as nossas asas espirituais?
Em meio ao barulho tantas vezes ensurdecedor do mundo, como podemos cultivar o silêncio necessário para ouvir as melodias da nossa própria alma?



Ter em mente constantemente que somos seres transcendentes em

viagem pelo mundo sensível.

Enquanto a alma transita pelo campo subjetivo, imponderável, o 

corpo pertence ao domínio físico, mensurável.

O que significa dizer que os olhos são a janela da alma?

A alma é ave, o corpo, gaiola, nos recordam as Escrituras.



O que sabemos acerca dos olhos, o que intuímos acerca da alma?

Uma alma sã num corpo são - a que meta mais nobre se pode 

almejar?

A união entre a alma e o corpo é frágil, temporária.

O corpo tem prazo de validade, dura umas breves décadas apenas.

A alma, por sua vez, desconhece um fim, sendo eterna.



Dentre os mil caminhos do labirinto do mundo, o único legítimo de 

escolha é aquele que nos conduz ao nosso coração mais puro, à 

nossa alma mais solidária.

Avançar pelas sendas do espírito, rumo à nossa plenitude, para mais

 perto da nossa Bem-aventurança.

"A alma iluminada não bebe senão o vinho da luz."

 (Rumi)



(Texto: um_peregrino)

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