Entre o céu e a terra, nos planaltos e perto da montanhas da Provence, um lugar onde se misturam a luz e os aromas...
A natureza e o trabalho árduo dos homens moldou a imagem ao redor do Mont Ventoux, transformando este lugar no reino da lavanda.
Inicialmente a lavanda estava localizada somente em terras selvagens, onde outras plantas não cresciam, só ela.
Às vezes, agarradas às encostas áridas, às vezes cobrindo áreas para refletir o céu, às vezes colocada nos pés das aldeias simplesmente para ampliar a beleza do lugar, como um conjunto de ametistas.
Viajar por esta região é colocar na memória imagens maravilhosas destes campos azulados, com seus aromas e toda a cultura que acompanham esta planta.
O nome da lavanda se originou do verbo latino lavare, que significa lavar, e que confirma a reputação de antisséptica, reconhecida pelos romanos.
A lavanda já é utilizada há muito tempo, as boticas antigas já tiravam os benefícios desta planta.
Até o século XIX, quando surgiu o nascimento de sínteses químicas, a lavanda já era muito usada a partir dos óleos essenciais.
Ela é classificada na farmacopéia como planta preciosa.
A lavanda já era cultivada na Borgonha do século XIV, mas foi na Provence que ela se desenvolveu por causa do clima e do solo propício.
A presença de grandes escola de medicina, especialmente em Marselha e Montpellier, provavelmente foi mais uma das causas do aumento do cultivo da lavanda na região.
Dentre todos os óleos essenciais, o de lavanda é o mais versátil, com uma gama de propriedades que vão desde a de analgésico, passando pela de antidepressivo, anti-séptico, bactericida e descongestionante, até a de hipotensor, repelente de insetos, sedativo e vermífugo.